Por José Paulo Grasso
Os mandatários ainda não entenderam que só propaganda não modifica uma realidade com mais de cinco décadas de crise. É absurdamente necessário um Master Plan que norteie o desenvolvimento em curto, médio e longo prazos e que tenha uma âncora crível, demonstrando de forma clara que há um futuro e que todos serão inseridos nele com qualidade de vida.
É incrível que até agora a vocação natural do RJ, considerada a de maior potencial mundial, não tenha sido apontada como o objeto de uma transformação duradoura, como, aliás, aconteceu em todos os lugares aonde foi utilizada. Ela é a única atividade que pode unir toda a sociedade, porque só a indústria turística movimenta todas as parcelas da população, desde o mais humilde ao mais graduado, provocando aumento de arrecadação em curto prazo, gerando milhões de empregos dignos que, ao serem bem administrados, se eternizam e produzem efeitos como atrair toda uma indústria periférica à atividade; além de o setor de serviços internacional e todo o potencial da indústria criativa, atividade que em uma década poderá levar o Rio à vanguarda mundial em todos os sentidos.
O motivo de se gastar bilhões para receber a Copa e as Olimpíadas é o mesmo que alimentou todas as revitalizações portuárias em todo o mundo: preparar a cidade para o incremento de uma atividade turística de qualidade, cujo grande chamariz costuma ser o turismo de negócios, que atrai um visitante que costuma trazer acompanhante e que tem um gasto médio acima de quinhentos dólares. Se a cidade oferecer atrações interessantes estende sua permanência. No caso do Rio, que oferece milhares de alternativas em todas as áreas, chega a ser até covardia se for feita uma comparação com outros destinos.
Existe a possibilidade de desenvolvimento de todos os setores, como turismo médico, pedagógico, cultural, ecológico, geriátrico, especial, religioso, esportivo, radical, especial, agrícola, de incentivo, de aventura, romântico, infantil, lazer etc., sendo que todos esses segmentos faturam individualmente bilhões de dólares anualmente.
O que estamos esperando? O Rio tem solução, só não enxerga quem não quer.
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