Por José Paulo Grasso
É necessária a atuação da sociedade para reinventar o Rio de Janeiro em todos os sentidos. Isso porque, se depender dos políticos, que não tem propostas e projetos viáveis, vamos continuar com mais do mesmo: o cobertor curto que cobre aqui e descobre ali, além do enxugamento de gelo…
São 50 anos de sérios problemas que deságuam no caos atual. Famílias, setores do ensino e a sociedade devem refletir sobre a abstenção de cerca de 20% no eleitorado, recém-divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Alguma coisa tem de ser feita e agora é a hora da transformação. Como diria o poeta: “quem sabe faz a hora e não espera acontecer”.
Para isso, é superimportante entender o porquê deste desânimo em exercitar a mais importante das prerrogativas democráticas: a manifestação popular. Só ela impulsiona para uma política de resultados.
O Desestímulo
As causas do fenômeno estão no cenário político, ainda marcado por clientelismo, corrupção e fisiologismo. Esses problemas são temas recorrentes da mídia e enojam as pessoas, sem falar de políticas públicas que não modificam a realidade, são factóides que não se sustentam. Isso leva a sociedade ao desestímulo democrático.
Mas esse tipo de movimento é digno de um avestruz e não de cariocas, que já expulsaram piratas franceses, no passado, praticamente sem armas, na moral, enquanto os soldados portugueses se escondiam ou que propunham as ideias que sempre influenciaram o País.
É preciso que a participação popular exija e acompanhe as necessárias transformações.
No Rio, problemas eternizados como violência, transporte, saúde e educação, falta de perspectivas de trabalho fora dos concursos públicos, bem como falta de esperança de reformas na infraestrutura, seguem desagradando à sociedade. Os cidadãos, dentre eles os mais jovens, têm total descrédito quanto à política. Sentem a triste sensação de que nada muda, nem mudará.
Isso, entretanto, não deve pautar a atitude de omissão à qual se resignam cada vez mais as pessoas, pois a essência da democracia é a participação. Ela deve fazer parte do dia a dia, pois, nela, existem várias formas de se atuar e a arma que move o político é aquela determinada pela opinião pública, como no caso da retirada do CPMF, dos candidatos fichas limpa na política.
É fundamental propor alternativas! Para isso, foi criado o Movimento ‘Acorda Rio’, que apresenta soluções claras e em curto prazo.
Autossustentável
Se a iniciativa privada funciona, porque não utilizar seus conceitos na vida pública? O Rio precisa de um plano diretor que tenha metas factíveis para os próximos dez anos, (aproveitando os eventos internacionais que se avizinham), associado a uma âncora que leve desenvolvimento autossustentável, via vocação natural, a todos os lugares, o ano inteiro, e que una a sociedade para o crescimento econômico, o aumento da renda per capita, a reinserção de indústrias e, principalmente, desenvolva qualidade de vida, eliminando a violência.
Assim, a participação da sociedade carioca é superimportante para suprir a atual carência de propostas, que levem o Rio a superar meio século de decadência.
Só a possibilidade cristalina de quebra do paradigma da mesmice, do atraso de 50 anos de problemas, moverá o cidadão para participar ativamente do futuro que a sociedade quer e precisa.
A apresentação de ideias autossustentáveis, que mostrem como desenvolver uma economia combalida, oxigena a política, é um estímulo à democracia participativa, um compromisso com a cidade e com um futuro digno dotado de qualidade de vida!
Participemos e somemos esforços para mudar a realidade carioca como outras cidades do mundo conseguiram fazer! Acorda Rio!
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