“Não atingiremos esse objetivo nem hoje nem amanhã, talvez não possamos atingi-lo ao fim das nossas vidas. Mas a busca é a maior aventura do nosso século, impacientemo-nos às vezes ante o peso de nossas obrigações a complexidade das decisões a agonia da escolha, mas não há para nós nem conforto nem segurança na evasão, não há solução na abdicação, não há alívio na irresponsabilidade.” (Presidente John F. Kennedy)
Enfrentar o inimigo
Nada une mais os homens do que um inimigo em comum.
Nós não temos muito tempo para atingir o objetivo de derrotar esse inimigo, portanto devemos atingir nossa meta o mais rápido possível.
Qual é o inimigo do Rio de Janeiro, do Brasil, da América latina, América do Norte e Europa, enfim, do ocidente? São três os inimigos.
A corrupção que nos corrói
Quando há mais de uma década a Argentina quebrou, o Papa João Paulo II disse o seguinte: “Aqui não há crise econômica ou política, mas sim corrupção e impunidade.” Logo após o presidente dos EUA, George Bush, disse quase a mesma coisa em outras palavras: “Do México à Patagônia só encontramos miséria, corrupção e impunidade.”
Em uma revista que trazia o dossiê do Le Monde sobre a crise de 2008, havia uma análise abordando a crise bancária na América com o seguinte título: O MAIOR ROUBO DO SÉCULO.
Vemos agora a América do Norte quase estagnada economicamente, vemos a Europa se desintegrando política e economicamente, então perguntamos o que o Ocidente está enfrentando neste momento realmente?
Apontando as causas
Vamos começar pelo Brasil, passando pela América Latina, EUA e Europa, todos com o mesmo cancer político e econômico. Apontando as caisas: neoliberalismo, corrupção, paraísos fiscais, fluxo livre de capitais. O Ocidente está sob ameaça. Colocando o Brasil em foco, nossas indústrias estão quebrando. Razões? Temos a mais alta energia elétrica do mundo para as indústrias (a segunda mais cara do mundo). Falta de investimento e de infraestrutura pelo governo. Pelo lado dos empresários, temos a ineficiência e a ganância, o que impede a economia de escala (fabricar muito e vender barato). Nos outros países do Ocidente, os produtos do Oriente fazem também uma devastação econômica. É o apocalipse do neoliberalismo em marcha.
Blocos continentais
O sonho de uma Europa unida é um sonho milenar, não veio só de 1952 – do acordo do carvão e do aço firmado entre França e Alemanha e depois reunindo mais países europeus. Esse sonho de ver a Europa unida e sem guerras, própera, praticamente uma visão do paraíso na terra, veio dos séculos XI,XII, XIX e XX.
Antes do golpe de 64 aqui no Brasil, Lyndon Jonhson, então presidente americano, disse o seguinte: “Se o Brasil se tornar comunista, não teremos somente mais uma Cuba nas Américas, mas sim uma China na América do Sul.” Por que ele disse uma China, se referindo ao Brasil, na América do Sul com o risco de se tornar comunista? Porque o Brasil é continental, o terceiro maior país do mundo em terras contínuas e o quarto em terras descontínuas. O Brasil é 47% de todo o território da América do Sul, sendo o restante dividido por treze países, sendo que fazemos fronteira com onze deles. Johnson disse ainda: “Para onde o Brasil for, a América do Sul também irá.”
Um novo horizonte
Devemos, senhores, observar a dimensão do nosso território, os tesouros que aqui encontramos. Eu sou coordenador do Acorda Rio apontando suas maravilhas turísticas, porém devo dizer também Acorda Brasil com todas as suas riquezas. Acorda, América Latina, acorda, América do Norte, acorda, Europa, acorda, Ocidente!
Definitivamente, não podemos nos curvar à prepotência do capitalismo selvagem.
Nas arenas da antiga Roma, antes de se iniciar o combate, os gladiadores faziam a saudação a Cesar dizendo: “Ave Cesar! Os que vão morrer te saúdam.” Escrevo isto porque, para encerrar, alerto aos senhores a urgência de sairmos da arena das saudações aos Cesares do neoliberalismo, da corrupção e dos paraísos fiscais.
Senhores, chegou a hora de acordarmos e criarmos um império da paz, assim como os europeus tentaram e continuam tentando bravamente, fazer na Europa um paraíso na terra, um paraíso que dê aos seus habitantes dignidade, qualidade de vida, paz, prosperidade e total harmonia. Podemos – e devemos – sim criar um novo mundo no Brasil e no Ocidente, um novo horizonte, de progresso, paz e esperança.
Usando uma frase de um poeta espanhol: “Sempre é possível acender a esperança.”
Porque ainda há esperança
Na viagem que a presidente Dilma fez à América do Norte, e depois Hillary Clinton fez ao Brasil, foi acordado entre o presidente Obama e o governo brasileiro que os dois países se unissem contra a corrupção, o fluxo livre de capitais e a selvageria do capitalismo neoliberal. Desta semente, outros países aderiram e, no momento, temos mais de 70 países seguindo essa mesma linha de ação. Num discurso o presidente da Geórgia declarou que após o combate à corrupção em seu país o PIB se tornou três vezes maior, só para citarmos um exemplo de êxito.
Uma conceituada revista nacional fez o levantamento do montante previsível que era roubado anualmente no Brasil, chegando à calamitosa quantia de 95 bilhões de reais. Quase 2,5% do PIB é roubado impunemente. A educação produz analfabetos funcionais! Se perde horas por dia para poder trabalhar. A infraestrutura é um gargalo só! O ministro da Saúde declarou que apenas 2% da população estava satisfeita com o SUS, o que quer dizer que 98% é pessimamente atendida, quando é atendida, quando não morre na fila de espera. No ranking dos países mais corruptos, o Brasil ocupa o 2º lugar, só perdendo para a… Nigéria! Isso é um pesadelo, não um país.
Portanto, meus senhores, vos digo que é chegada a hora da mudança. Vamos dar um basta à corrupção e decretar a morte do neoliberalismo. Ainda há esperança de construirmos um país e um mundo melhores.
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